A festa da insignificância, por Milan Kundera – tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca
título original: La fête de l’insignifiance • Companhia das Letras
Depois de um hiato de 11 anos, Kundera nos presenteia com essa delícia que é A festa da insignificância. Quatro amigos parisienses, seus encontros, suas conversas, uma festa… Aparentemente tudo muito simples e casual, mas com a genialidade e o toque de filosofia que o autor faz tão bem. Só a sua reflexão sobre a insignificância da existência humana já vale o livro. E, claro, a paródia com o stalinismo, ao mesmo tempo irônica e devastadora. Leve e divertido, acho que eu li tudo de uma vez só. Essa edição da Companhia das Letras é linda, com capa dura e ilustração da Dominique Corbasson.
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Como ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo, por Anne Berest, Audrey Diwan, Sophie Mas e Caroline de Maigret – tradução de Julia Nemirovsky
título original: How to be parisian wherever you are • Fontanar
Pra começo de conversa é bom entender que esse livro não deve ser levado à sério. Ele não é um manual no estrito senso da palavra, é cheio de ironia e, como as próprias autoras defendem, nada melhor do que ser você mesmo em qualquer lugar do mundo. Dito isso, o livro é sim super divertido e tenta exemplificar o comportamento das parisienses através das experiências de quatro amigas: a escritora Anne Berest, a jornalista Audrey Diwan, a produtora Sophie Mas e a musa da Lancôme Caroline de Maigret. Praqueles dias que você não está a fim de uma leitura muito profunda. :)
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Norma Bengell, por Norma Bengell
NVersos
Numa época em que ser atriz e, acima de tudo, uma mulher forte e decidida (leia-se ‘uma mulher que não tinha medo de dizer o que pensa e, mais importante, fazer o que tinha vontade’) era considerado imoral, Normal Bengell viveu muitas glórias e decepções. Participou de mais de 50 filmes no Brasil e na Europa e esteve envolvida em muitas intrigas e escândalos (como o affair quentíssimo que teve com Alain Delon na década de 60). Além de atriz, foi manequim, dançarina, militante nas revoluções de 68, sex symbol, diretora… (e recusou uma cantada do François Truffaut – como lidar com essa informação Brasiiiil?) O texto dessa autobiografia póstuma quase foi parar no lixo, mas felizmente foi recuperado pela amiga e produtora cultural Christina Caneca.
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