Churchill (dir. Jonathan Teplitzky, 2017)
Segunda Guerra Mundial, quatro dias antes da invasão da Normandia (que ficou conhecida como o Dia D) o primeiro-ministro britânico Winston Churchill luta com todas as suas forças para cancelar a ação, temendo o massacre de centenas de milhares de soldados e o fracasso da operação. O filme mostra como a figura de Churchill é cada vez mais marginalizada no esforço de guerra, dando lugar à liderança americana, na figura do general Eisenhower. É sério isso gente? Essa premissa é historicamente incorreta (para dizer o mínimo). É notório que Churchill foi um dos principais atores por trás da ideia dos desembarques na Normandia, tendo insistido impacientemente por mais de dois anos para o início da ação (adiada, não por ele, e sim pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt). Churchill realmente sofria de depressão, mas no filme ele é retratado como uma figura altamente insegura, quase senil. Surreal e inexplicável. Veja o trailer.
O Assassino: O Primeiro Alvo (American Assassin, dir. Michael Cuesta, 2017)
A noiva de Mitch Rapp é assassinada durante um ataque terrorista, deixando-o arrasado e com um profundo desejo de vingança. Alistado pela CIA, ele passa a ser treinado pelo casca-grossa veterano da Guerra Fria Stan Hurley. Juntos, eles irão investigar uma onda de ataques com potencial para iniciar uma nova guerra mundial. Thriller de ação e espionagem internacional, baseado na série de livros do Vince Flynn (16 livros, todos eles na lista de best-sellers do New York Times). É um filme para quem gosta de muita (MUITA!) violência, com um contexto político bem fraco. Resumidamenete: agentes americanos protegendo o mundo de uma bomba nuclear (que só eles podem ter, by the way). Imagino que a ideia é fazer uma série de filmes usando os livros como base (no estilo Jason Bourne), mas parece que quem leu o romance disse que a adaptação foi BEM inconsistente. Veja o trailer.
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Esta é a Sua Morte (This is Your Death, dir. Giancarlo Esposito, 2017)
Depois que um crime (seguido de suicídio) é cometido ao vivo num reality show, os produtores do programa se deparam com a possibilidade de criar um novo show, no qual os participantes acabam com as próprias vidas em prol de um bem maior. É isso mesmo, a ideia do programa é televisionar suicídios ao vivo, como fonte de entretenimento. Pesado. O filme é uma crítica (nada sutil) aos limites dos programas de TV atuais e de quanto o público está disposto a se divertir com o sofrimento e super-exposição dos outros. O tema surreal, a crítica implícita aos valores da sociedade (e as cenas gráficas das mortes) me lembraram alguns episódios do Black Mirror ~ então, se você curte a série, acho que vale dar uma chance. Dirigido pelo Giancarlo Esposito (mais conhecido como o chefe do tráfico Gus Fring de Breaking Bad), que também atua no filme como um pai de família endividado e desesperado para ajudar a família. Veja o trailer.
As Duas Irenes (dir. Fabio Meira, 2017)
Irene tem 13 anos e faz parte de uma família tradicional na Cidade de Goiás (também conhecida como Goiás Velho). Um dia ela descobre que o seu pai tem uma segunda família e outra filha, da mesma idade, também chamada Irene. As duas se tornam amigas e Irene repete a vida dupla do pai, num jogo de segredos e mentiras. Um olhar sensível e delicado sobre o fim da inocência e a busca pelo seu lugar no mundo. É interessante observar o processo de descoberta e de empoderamento das personagens (especialmente a Irene da “casa principal”) e a relação de sororidade que vai sendo construída entre elas ao longo da história. Um belo longa de estreia do goiano Fabio Meira. Veja o trailer.
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