Os quatro últimos… livros

Mini-resenhas dos livros: Laranja Mecânica e Guerra do Velho | Não Me Mande Flores

1. Laranja Mecânica, por Anthony Burgess – tradução de Fábio Fernandes
título original: A clockwork orange • Aleph

Quem não conhece a história desse clássico, imortalizado no cinema por Stanley Kubrick em 1971? Numa Inglaterra futurista, o jovem delinquente Alex é usado como cobaia de um experimento do governo, que pretende recuperar criminosos através de uma terapia de aversão. A história é narrada em primeira pessoa pelo próprio Alex, no dialeto nadsat (uma mistura de russo, linguagem pseudoelizabetana e gírias rimadas infantilizantes), criado pelo autor para causar uma sensação de profundo estranhamento ~ estranhamento esse que eventuralmente desaparece, na medida que você vai se entregando e se envolvendo com a história. Particularmente, eu não achei a linguagem difícil de ser compreendida, mas confesso que a infantilização do discurso me deixou um pouco cansada no final da leitura (ainda bem que o livro é super curtinho, porque poderia ter me incomodado mais). Laranja Mecânica faz parte de uma trindade distópica dentro da ficção científica (junto com 1984, de George Orwell e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley) e é uma leitura imperdível se você é fã do gênero. Curiosamente, o livro não teve o último capítulo publicado na primeira edição lançada nos EUA, na qual Kubrick se baseou para fazer o filme. Portanto, se você só conhece a história pelo filme, mais um motivo para se aventurar na leitura.

2. Guerra do Velho, por John Scalzi – tradução de Petê Rissatti
título original: Old man’s war • Aleph

No aniversário de 75 anos de John Perry ele faz duas coisas: visita o túmulo da esposa e entra para o exército. A única coisa que ele sabe a respeito das Forças Coloniais de Defesa é que seus soldados mantém a guerra longe dos terráqueos, mas pouco se sabe sobre a real situação do universo (e sobre essa exigência de ter no mínimo 75 anos para se alistar). O livro me conquistou por essa premissa louca, que faz com que a gente tenha a mesma dúvida dos personagens: o que se poderia esperar de um exército de velhos? A história é interessante e cheia de humor, mas perdi um pouco do interesse uma vez reveladas as estratégias e os métodos das Forças Coloniais de Defesa. Digamos que a parte da “guerra em si” não é tão impactante quanto a expectativa da revelação. O livro é o primeiro de uma saga de 6 livros (e não sei se eu vou ter forças para continuar quando os próximos livros forem lançados por aqui, vamos ver…).

Mini-resenhas dos livros: Ô raça. Má notícia é a maior diversão e O Realismo Impossível | Não Me Mande Flores

3. Ô, raça! Má notícia é a maior diversão, por Tutty Vasques
seleção e organização: Fábio Rodrigues • Apicuri

Tutty Vasques é o heterônimo do jornalista Alfredo Ribeiro, um articulista de humor especializado em reportar más notícias e rebaixá-las para a categoria de “fatos irrelevantes” (o que elas são mesmo, na maioria das vezes). O livro é uma coletânea divertida de notinhas, textos e crônicas, de 2001 a 2015, onde quase tudo parece besteira ~ e quase sempre é mesmo, como ressalta o autor. Todas (ou quase todas) as palhaçadas relatadas no livro foram assuntos sérios na imprensa brasileira durante dias, semanas ou mais, nas rodas de “gente bem informada” e influente. Assustador perceber o nível de absurdo que a imprensa brasileira pode atingir. É rir para não chorar MESMO.

4. O Realismo Impossível, por André Bazin
seleção, tradução, introdução e notas: Mário Alves Coutinho • Autêntica

O livro reúne textos do pensador, teórico e crítico de cinema André Bazin, inéditos em português e editados após a sua morte em 1958 pelo discípulo e amigo François Truffaut. A primeira parte do livro é formada por artigos do livro Jean Renoir, em que ele analisa a filmografia do cineasta francês (que herdou a genialidade do pai, o pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir). Os artigos que formam a segunda parte do livro foram retirados da coletânea Le Cinéma de l’occupation et de la résistance, cujos textos não poupam críticas à industria cinematográfica, ao cinema hollywoodiano e aos próprios críticos. É sempre um prazer imenso ler Bazin, que escreve tão lindamente sobre o cinema; era um poeta, sem dúvida. O texto de Mário Alves Coutinho também ajuda a desmistificar a ideia de Bazin como um teórico ingênuo, que defendia um cinema sem interferências e retrato direto de uma realidade utópica. Quem conhece mais a fundo as teorias do autor sabe que, para ele, o real não é uma atitude passiva, de mero registro, mas ativa, de escolha e, principalmente, construção. Maravilhoso!

E vocês, o que andam lendo de bom?
Confira outros títulos na Bibliolove – a biblioteca virtual do blog!

|

Porta-Copos Minimalista

Food52 Brass Lift Coasters | Porta-Copos Minimalista

Apaixonada por esses porta-copos minimalistas de bronze da Food52. Olhinhos brilhando. *-*

∴ info ∴
Food52 website & instagram

|

Scratch Map

Luckies Scratch Map XL | Mapa Mundi para marcar suas viagens

Tenho certeza que muita gente incluiu nas suas resoluções de ano novo “viajar mais”. E olha só que bacana esse Scratch Map da ultra-criativa Luckies: você raspa os países que já visitou, revelando cores vibrantes por baixo da camada de dourado. Lindo, né? #euquero

∴ info ∴
Luckies website & instagram

|

Feliz Natal e um 2017 muito melhor (peloamor!)

Seo Kim | Cat Christmas

2016 não foi um ano fácil. Mas a torcida para 2017 tá animada ~ e eu achei que uma montanha de gatinhos só poderia contribuir para um início de ano mais fofo e mais leve. :)

Um SUPER obrigada por todas as palavras de carinho, as visitas e os comentários lindos que vocês deixam aqui no blog todos os dias. Vocês são demais! 

Boas Festas e até o ano que vem!

Não se esqueçam de participar do SORTEIO de final de ano do blog (até o dia 09/01)!

E de baixar o seu Planner NMMF 2017. \o/

∴ info ∴
Ilustração da Seo Kim

|

Sorteio Calendário No Rio de Bike (encerrado)

*Update: O sorteio está encerrado, obrigada por ter participado. As ganhadoras são Francisca Elizabete dos Santos, Jessica Denise Moraes e Juliana Jacobina Frutuoso, de acordo com o random.org.

SORTEIO No Rio, de Bike | Não Me Mande Flores

Se você curte aquarela é bem provável que já tenha visto o trabalho lindo do Durval Amorim por aí. O Durval, que além de artista é formado em Publicidade e trabalha como designer de interfaces digitais, coleciona lugares no Rio e os transforma em belíssimas pinturas. A sua série No Rio, de Bike retrata ciclistas andando por vários pontos incríveis da cidade: Arpoador, Santa Teresa, Grumari, Jardim Botânico, Urca e muito mais. 

Durval Amorim - No Rio, de Bike

Que tal começar 2017 com um calendário LINDO da série No Rio, de Bike? O Durval Amorim, em parceria com o Não Me Mande Flores, vai sortear 3 calendários entre em leitores do blog. \o/

Para concorrer a um calendário 2017 No Rio de Bike você só precisa:

* Curtir o perfil do Durval Amorim no instagram e preencher o formulário abaixo.
* Ter endereço de entrega no Brasil.

Chance extra: quem segue o perfil do Não Me Mande Flores no instagram tem direito a mais uma inscrição. Basta preencher o formulário novamente!

Um ganhador será escolhido na segunda-feira, dia 09 de janeiro de 2017. Boa sorte!

|