1. Um Holograma para o Rei, por Dave Eggers – tradução de Jorio Dauster
título original: A Hologram for the King • Companhia das Letras

Um empresário em apuros financeiros decide tentar a sorte em Jidá, na Arábia Saudita, onde pretende fazer uma apresentação para o rei Abdullah e vender um sistema de teleconferências holográficas. Isso o ajudaria não só a pagar a faculdade caríssima da filha, mas também a realizar algo de bom e surpreendente com a sua vida. O livro é engraçado, é tocante, é tenso… e o cenário é um deserto insólito, uma cidade quase fantasma, cheia de promessas, mas com uma realidade bem dura. Gostei muito ~ e o final é maravilhoso, um retrato do mercado de negócios contemporâneo. Fiquei sabendo que vai rolar adaptação para o cinema esse ano, com o Tom Hanks no papel principal. Mas se vocês puderem ler o livro antes, vale muito a pena. 

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2. As Virgens Suicidas, por Jeffrey Eugenides – tradução de Daniel Pellizzari
título original: The virgin suicides • Companhia das Letras

Um grupo de garotos da mesma vizinhança, um típico subúrbio americano dos anos 70, se torna obcecado pelas irmãs Lisbon, que vivem reclusas em casa, sob severas restrições morais e religiosas. O título (e o primeiro parágrafo do livro) já entrega o fim trágico das irmãs, mas isso não tem a menor importância. A história é narrada com tanta beleza, tanta nostalgia… Quando percebemos, estamos tão fascinados pelo universo do narrador, pela fantasia adolescente, que também não conseguimos tirar as irmãs Lisbon da cabeça. Incrível. Eu revi o filme da Sofia Coppola depois de ler o livro e achei a adaptação bem fiel. Mas, sem dúvida, o livro é mais completo e arrebatador. E tem essa capa linda, uma fotografia da Elle Hanley.

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3. O Amor das Sombras, por Ronaldo Correia de Brito
Alfaguara

Doze contos que exploram temas como traição, repressão, segredos e violência. Eu nunca tinha lido nada do autor cearence, radicado em Recife, mais conhecido pelo seu livro Faca (publicado em 2003), e achei a escrita fluida e bastante visual. Existe uma unidade nas doze histórias, que é a sombra, ou seja, o que não está aparente, o que está mais fundo. Talvez por isso mesmo todos os contos têm um aspecto vagamente sombrio. Algumas histórias me marcaram mais do que outras ~ como é comum acontecer em se tratando de um livro de contos.

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4. Fim, por Fernanda Torres
Companhia das Letras

Cinco amigos cariocas rememoram as passagens marcantes de suas vidas: festas, casamentos, separações, manias, inibições e arrependimentos. Tão diferentes entre si, os amigos compartilham algo comum no fim da vida: uma bela lista de frustrações. Os personagens são maravilhosamente reais, inspirados em tipos cariocas que todo mundo conhece (você vai ter a impressão de que já esbarrou com um deles, garanto). Dá para ouvir um trechinho do livro, narrado pela própria Fernanda Torres, aqui. Recomendo!

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E vocês, o que andam lendo de bacana?
Confira outros títulos na Bibliolove – a biblioteca virtual do blog!

A lindinha Willow Hand, fotografada por Emma Tempest para Vogue Japan (03/2016). Essa última imagem certamente inspirada na Anna Karina, não acham?

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« Willow já apareceu aqui no blog, com carinha de baby, numa campanha do ano passado da Zara. »

∴ info ∴
Emma Tempest website & instagram. 
Willow Hand instagram.
via Vogue Japan. 

“No início dos anos 1950s eu pedi a cada pessoa famosa ou importante que fotografava que ela saltasse para mim. Fui motivado por uma curiosidade genuína. Afinal, a vida nos ensinou a controlar e disfarçar nossas expressões faciais, mas não nos ensinou a controlar nossos saltos. Eu queria que elas revelassem em um salto a sua ambição ou a falta dela, o seu senso de auto-importância ou a sua insegurança e muitas outras características.” – Philippe Halsman

1. 2. 3. e 4. Marilyn Monroe (com Halsman), Brigitte Bardot, Eva Marie Saint e Anthony Perkins fotografados por Philippe Halsman dando seus pulinhos (mais pulos aqui)! :)

« Marilyn já apareceu por aqui, nessa mesma categoria, lembram? »

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A minha história com o Le Pain Quotidien é curiosa: na primeira vez que viajei para a Bruxelas, na Bélgica, estava fazendo aquele circuito clássico nos principais locais turísticos da cidade e passeava pela Place du Grand Sablon. Trata-se da praça principal do Sablon, bairro boêmio de Bruxelas, cheio de lojinhas e restaurantes bacanas (o local também é conhecido pelas feiras e lojas de antiguidade). 

Foi amor à primeira vista. Entrei no café para um lanchinho da tarde e saí apaixonada pelo lugar e pelo seu conceito de comida simples, completa e substanciosa, compartilhada com amigos e família na mesa da cozinha (eles possuem mesas comunitárias que recriam essa sensação). Anos depois quando voltei a Bruxelas, visitei uma outra filial (dessa vez na Avenue Louise) e comprei as xícaras que se tornaram as xícaras oficiais das minhas manhãs (vocês já devem ter visto em alguma foto minha no Instagram). Em Paris, eu também visitei a loja do Marais, mas, acredite se quiser, ainda não conheço nenhuma das quatro lojas aqui no Brasil, todas em São Paulo.

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Saudade desse meu último café da manhã no Le Pain Quotidien!

É claro que eu fiquei SUPER empolgada quando soube que o Alain Coumont, fundador do Le Pain Quotidien, iria lançar um livro de receitas, revelando os segredos de alguns dos clássicos da casa. O carro-chefe é o pão artesanal, mas o livro também tem receitas das suas famosas tartines, sopas, saladas e sobremesas.

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Com a palavra, o próprio Alain, falando sobre o livro:

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Lembrando que, para seguir a proposta do Alain, é importante usar alimentos com certificação orgânica e provenientes de produtores locais, sempre que possível. Como dá para perceber no vídeo, apesar das receitas serem simples, alguns ingredientes não são tão fáceis de serem encontrados por aqui ~ nada que não possa ser substituído ou adaptado. Aliás, é essa mesmo a ideia: aproveitar o que os ingredientes regionais têm de melhor, não importa onde você esteja!

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A primeira parte do livro é dedicada aos pães, mais especificamente ao pão sourdough, que é um pão feito de forma totalmente artesanal, sem a adição de conservantes ou melhoradores. Ele é feito com levain, um fermento natural (obtido através da mistura de farinha com água), que deixa os pães com um sabor bem característico, mais ácido e muito mais aromático. O processo é demorado, mas vale muito a pena (somos adeptos do levain aqui em casa). 

Além dos pães, muitas receitas de tartines (que podem ser feitas com um pão italiano bacanudo, não precisa fazer o pão em casa se você tem pouco tempo e/ou pouca disposição para  o processo longo do levain) e opções deliciosas para o café da manhã. Tem uma Frittata de Aspargo com Queijo de Cabra que será testada em breve por aqui. \o/

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As delícias continuam: muitas sopas, saladinhas e outros pratos leves, com algumas variações interessantes (a Paella é feita com cevadinha, por exemplo). Muitas das receitas são vegetarianas, seguindo uma das sugestões da casa, que é introduzir mais alimentos sem carne na sua dieta (aplausos!). As sobremesas são todas maravilhosas, mal posso esperar para provar cada uma delas. Já fiz a Torta de Chocolate, que era a mais basicona e noooossa, um absurdo de gostosa (casquinha crocante por cima e consistência de mousse por dentro, demais!).

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O Le Pain Quotidien tem mais de 200 padarias nos cinco continentes. Isso quer dizer que a probabilidade de você esbarrar com uma filial em alguma viagem é bem grande (yay!). Quem mora ou está de passagem por São Paulo tem cinco opções de local: Vila Madalena, Itaim, Vila Nova Conceição, Shopping Vila Olimpia e Shopping Cidade Jardim. Confira os endereços no site.  

Le Pain Quotidien – O Livro de Receitas, por Alain Coumont e Jean-Pierre Gabriel
tradução de Maria Elisa Bifano
título original: Le Pain Quotidien Cookbook • Marco Zero

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