O Exército das Sombras (L’armée des ombres, dir. Jean-Pierre Melville, 1969)
O filme mostra a rotina (as dificuldades, os medos, a solidão) de um grupo de resistência na França ocupada pelos nazistas. O interessante desse filme são as suas várias camadas; não é aquela coisa mocinho-versus-bandido que a gente está acostumado a ver em filmes sobre a Segunda Guerra. O tema, claro, é bem mais complexo do que essa dicotomia simplista. A gente torce pela Resistência Francesa (ninguém em sã consciência vai torcer para os nazistas, certo?), mas ao mesmo tempo se pega questionando algumas de suas medidas duras e inclementes. Maravilhoso! E tem o Jean-Pierre Cassel (pai do Vincent gente!). Veja o trailer.
A Grande Aposta (The Big Short, dir. Adam McKay, 2015)
Três histórias paralelas de investidores que prevêem o colapso da economia americana e decidem, pasmem, apostar contra o sistema financeiro (a.k.a. os bancos). O filme cumpre a difícil missão de tornar interessantes essas pessoas que “trabalham” (notaram as aspas?) no mercado financeiro ~ até porque, quem passa a perna nos bancos tem a minha total e incondicional admiração. A edição é bem moderninha também (e o elenco cheio de astros), o que ajuda a levar a história para um público mais amplo. Mas, se você não se assusta com alguns (OK, muitos) termos econômicos, recomendo demais o documentário Inside Job, que conta a mesma história, com depoimentos reais. Veja o trailer.
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O Quarto de Jack (Room, dir. Lenny Abrahamson, 2015)
Uma jovem, confinada num cativeiro (eufemisticamente chamado de “quarto”) há sete anos, luta para criar um universo lúdico e um ambiente minimamente familiar e amoroso para o filho Jack, de cinco anos. A curiosidade de Jack a respeiro da vida e o desespero da mãe levam a um ponto de ruptura e a um plano de fuga. Mas poderá o mundo lá fora ser ainda mais assustador e opressor? Sem dúvida um belo filme (mas que não me emocionou tanto quanto eu esperava, acho que fui assistir com muita expectativa). As atuações, tanto da Brie Larson quanto do Jacob Tremblay são bem OK, mas não achei esse Oscar todo não. Acho que a gente tá tão acostumado a ver essas crianças americanas overacting, que quando uma faz o trabalho direitinho, todo mundo pira. Veja o trailer (ou não, porque esse trailer mostra praticamente o filme todo gente, um horror).
Alex of Venice (dir. Chris Messina, 2014)
A advogada workaholic Alex é forçada a reiventar a sua vida quando o marido, responsável pelas tarefas domésticas, sai de casa repentinamente. Confrontada com as pequenas questões do dia a dia, Alex precisa lidar com a própria vulnerabilidade e descobrir uma força interior que nem sabia que existia. Simpático esse filme indie, desses que mostram que a vida pode dar um 180 na gente sem aviso prévio. A história me fez pensar que, se fosse o contrário, se fosse a mãe que abandonasse o lar (e deixasse o pai cuidando de um filho pequeno), ela certamente seria taxada de louca e irresponsável. Mas o homem pode tentar encontrar um novo sentido para a vida, e que se dane o resto, né? Bonito isso. #sqn Veja o trailer.
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E vocês, o que têm assistido?
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