1. A Estetização do Mundo – Viver na Era do Capitalismo Artista, por Gilles Lipovetsky & Jean Serroy – tradução de Eduardo Brandão
título original: L’Esthétisation du monde: Vivre à l’âge du capitalisme artiste • Companhia das Letras
Ensaio brilhante que esmiuça o nosso momento atual, em que a arte e o prazer estético estão cada vez mais enraizados nos nossos hábitos de consumo. Não somos mais compradores, e sim “colecionadores de experiências”. Jardineiros se tornam paisagistas, cabeleireiros se tornam hair designers, e por aí vai… É triste constatar esse processo de mercantilização da vida e confesso que fiquei um pouco deprimida lendo o livro. Leitura triste e genial ao mesmo tempo. Eu dei uma empacada nos primeiros capítulos ~ achei um pouco acadêmico demais ~ mas, passada essa primeira parte, a leitura fluiu com mais leveza. A foto da capa é do italiano Alex Majoli para a Latinstock (tão apropriado!).
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2. Escuridão Total Sem Estrelas, por Stephen King – tradução de Viviane Diniz
título original: Full Dark, No Stars • Suma de Letras
Stephen King, porque tão maravilhoso? O livro reúne quatro histórias brutais, com algo em comum: em todas elas os personagens passam por momentos de escuridão total, sem uma luz para guiá-los ou tirá-los do lado sombrio da ganância, da vingança e do autoengano. A narrativa é super forte, típica do autor, e você não vai conseguir largar o livro até descobrir o que acontece no final de cada uma das histórias. Eu leio antes de dormir e confesso que ficava morrendo de medo de ter pesadelos toda noite (o que não aconteceu, ainda bem). A Suma de Letras fez um trabalho incrível nessa edição, que tem a lateral das folhas toda preta ~ acho que para combinar com o clima dark das histórias. Sensacional!
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3. Cidades de Papel – Edição Especial, por John Green – tradução de Juliana Romeiro
título original: Paper Towns • Intrínseca
Meu primeiro livro do John Green ~ e não é que eu achei super gracinha? Não sou muito fã dessa literatura mais teen, mas curti essa história de um garoto apaixonado, que parte em busca de um grande amor, e acaba encontrando algo mais importante no meio do caminho. Green tem essa capacidade de falar a linguagem dos adolescentes, de maneira natural, sem abrir mão das referências literárias, filosóficas e intelectuais (pouco associadas a esse universo teen). O livro é leve e engraçado, os personagens secundários são deliciosos. Fiquei curiosa para ler mais livros do autor ~ e já estou com o Quem é Você, Alasca? por aqui. Vocês viram o filme?
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4. Estação Onze, por Emily St. John Mandel – tradução de Rubens Figueiredo
título original: Station Eleven • Intrínseca
Uma epidemia de gripe se espalha pela superfície da Terra, eliminando 99% da população mundial. Vinte anos depois, um grupo de atores e músicos vaga pelos assentamentos de sobreviventes apresentando peças de Shakespeare e números musicais ~ porque “sobreviver não é suficiente“. Que livro interessante gente! Um romance que vai além do que esperamos ler sobre crise e sobrevivência pós-apocalipse, uma história que fala sobre amizade, comunidade, memória… Alternando passagens do mundo antes e depois da pandemia, é impressionante como as histórias se cruzam e acabam unindo de forma mágica os destinos dos personagens centrais da trama. Não consegui parar de ler. Recomendo DEMAIS. A capa linda é uma fotografia do Michael Turek.
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Vocês perceberam que eu aumentei o número de últimas leituras para 4? Estou num ritmo muito bom de leitura por aqui e acabo ficando com muita coisa bacana para indicar de uma vez só… Mudança aprovada? (estou pensando em fazer a mesma coisa para os posts de filmes também, vamos ver…)
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