Artisan Homeware | Our Lovely Goods

Artisan Homeware by Our Lovely Goods | Rectangular Raffia Basket
Artisan Homeware by Our Lovely Goods | Raffia Bowl
Artisan Homeware by Our Lovely Goods | Round Raffia Baskets
Artisan Homeware by Our Lovely Goods | Hanging Raffia Bowls
Artisan Homeware by Our Lovely Goods | Handwoven Raffia Place Mats
Artisan Homeware by Our Lovely Goods | Raffia Basket Bag

Ainda nesse clima de menos plástico, mais produtos naturais ~ me deparei com essa coleção linda da Our Lovely Goods, com produtos feitos de ráfia por artesãos de Abuja, na Nigéria. A ráfia é a fibra têxtil de palmeiras, bem comum em terras brasileiras também (não confundir com o composto sintético de polipropileno que imita a fibra da ráfia), ou seja, não é muito difícil encontrar produtos semelhantes por aqui. Sigo inspirada por essas lindezas!

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Os quatro últimos… livros

Mini-resenha dos livros: Garota, Mulher, Outras (Bernardine Evaristo) e Ressurreição (Liev Tolstói) | Não Me Mande Flores

1. Garota, Mulher, Outras, por Bernardine Evaristo – tradução de Camila Holdefer
496 páginas • título original: Girl, Woman, OtherCompanhia das Letras

A ideia central do romance, um dos mais comentados e aclamados de 2019, não me pareceu muito promissora/inovadora à princípio. 12 capítulos, cada um deles narrado por uma mulher diferente, com histórias que se conectam e se completam. A premissa me deixou sim um pouco cética, mas… que romance incrível! Um dos principais méritos da narrativa é a facilidade com que Evaristo salta de personagem em personagem, criando uma voz única e autêntica para cada uma delas. As histórias são interligadas de forma tão elegante, que recuperaram a minha esperança no estilo. Amma é a personagem central, uma dramaturga lésbica negra, cuja nova peça está sendo produzida no National Theatre em Londres ~ e é a partir da sua narrativa que o romance decola. São 12 mulheres cujas vidas se sobrepõem, mas cujas histórias não poderiam ser mais distintas. Evaristo é a primeira mulher negra a ganhar o Booker Prize (ela compartilhou o prêmio em 2019 com “Os Testamentos” de Margaret Atwood, a sequência de “O Conto da Aia”). Recomendo demais, especialmente se os temas identidade, privilégio, feminismo e experiência feminina negra estão no seu radar de interesse.

2. Ressurreição, por Liev Tolstói – tradução de Rubens Figueiredo
448 páginas • título original: ВоскресениеCompanhia das Letras

A vida do príncipe Nekhliúdov, um nobre e abastado proprietário de terras, muda drasticamente quando ele se depara com Máslova no banco de réus de um julgamento do qual participa como membro do júri. A prostituta acusada de roubar e assassinar um cliente é, na verdade, uma antiga serva, enganada e abandonada por ele no passado. O choque do reencontro e a injustiça da sentença desencadeiam uma crise de consciência no príncipe, que passa a revisitar e questionar todas as suas decisões até agora. Mais do que isso, o príncipe começa a entrar em conflito com o seu estilo de vida burguês e a rejeitar os seus pares e os seus privilégios. Último romance de Tolstói, escrito quando ele tinha setenta anos, como parte de uma campanha em defesa dos dukhobóri, uma seita/comunidade de cristãos que negava a propriedade, o governo, o Estado (eles se negavam a jurar lealdade ao Tsar), o dinheiro e a Igreja. Seu estilo de vida pacifista e igualitário atraía o autor, que negociou os direitos autorais do livro para enviá-los ao Canadá ~ e aproveitou para inserir no romance muitos dos temas que os uniam (além de traços autobiográficos, como o romance com uma criada e a sua inclinação a desfazer-se de bens materiais). Ressurreição tem uma certa fama de ser um livro “religioso”, o que me espanta, já que a sua crítica da sociedade como um todo é MUITO mais forte do que qualquer teor moralista ou evangélico. O romance é um ataque duro e nítido aos sistemas judiciários e prisional ~ e Nekhliúdov chega à conclusão que muitos de nós também chegamos, mais cedo ou mais tarde: o que é a justiça, senão a manutenção dos interesses de uma classe? Maravilhoso.

Mini-resenha dos livros: Queer (William S. Burroughs) e Terra Estranha (James Baldwin) | Não Me Mande Flores

3. Queer, por William S. Burroughs – tradução de Christian Schwartz
144 páginas • Companhia das Letras

Cidade do México, início dos anos 50. Lee (o alter ego de Burroughs) já é praticamente um local no submundo da marginalidade mexicana, onde perambula de bar em bar à procura de companhia ~ e onde tenta superar uma abstinência de drogas à base de muito álcool. Depois de rejeitar uma série de candidatos que considera inadequados, Lee volta a sua atenção para Allerton, um jovem de traços simples e infantis, de comportamento evasivo e quase sempre desinteressado, por quem ele acaba se apaixonando. O esforço de Lee para se fazer querido e admirado por Allerton é desolador. Chega a doer quando a gente percebe que as suas performances chocantes, seus monólogos absurdos e bem humorados não surtem nenhum efeito ~ ou surtem o efeito contrário: Allerton parece cada vez mais indiferente a ele, irritadiço e frio. A viagem dos dois para o Equador em busca da ayahuasca, ao invés de ajudar, só aumenta a necessidade de Lee por contato e exacerba suas inseguranças. Definitivamente um triste relato sobre um amor não correspondido. O livro, que faz parte da trilogia que começa com Junky e termina com Almoço Nu, foi escrito em 1952, mas só foi publicado em 1985 devido, em parte, à sua temática homossexual e, em parte, à recusa do autor em revisitar lembranças extremamente dolorosas, desagradáveis e dilacerantes. Burroughs revelou (na introdução à primeira edição) que o livro foi motivado pelo tiro acidental que causou a morte de sua esposa em 1951.

4. Terra Estranha, por James Baldwin – tradução de Rogério W. Galindo
544 páginas • título original: Another countryCompanhia das Letras

Se as primeiras páginas de Terra Estranha não te transportarem para a Nova York dos anos 50 ~ e se a narrativa ágil, envolvente e minuciosa do James Baldwin não te arrebatar logo de cara ~ você tem uma pedra no lugar do coração. Que romance! A história central se desenvolve a partir do relacionamento de Rufus Scott e Leona, um baterista negro, nascido e criado no Harlem e uma garçonete branca e sulista, recém-chegada na cidade. A relação entre os dois é violenta, triste, fadada ao fracasso. Os demais personagens são igualmente importantes e belissimamente construídos: Ida Scott, a irmã cantora, o melhor amigo Vivaldo Moore, irlandês branco e aspirante a escritor, Richard e Cass Silenski, o casal heterossexual em crise. Seus encontros e confrontos acontecem de forma tão orgânica que a gente se sente parte desse universo racial e social. Não sei como o James Baldwin consegue, mas ele aborda tantos temas valiosos (sexualidade, racismo, sexismo, opressão, entre outros), de forma tão comovente e bonita… Um primor!

Quais são seus planos de leitura para 2021?
Confira outros títulos na Bibliolove – a biblioteca virtual do blog!

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Eco at Heart – soluções sustentáveis

Eco at Heart - soluções sustentáveis

Uma das minhas intenções para 2021 é repensar o uso de vários materiais cujo impacto no meio ambiente é, não só destrutivo, mas irreversível. Já adotamos os canudos de aço inoxidável por aqui, mas ainda me vejo às voltas com muito plástico, especialmente na forma de sacolas de compras. Essas sacolas de algodão (orgânico, de preferência) são ótimas opções para substituí-las ~ elas duram muito, podem ser lavadas e reutilizadas inúmeras vezes.

Outra solução interessante é substituir o algodão na hora de limpar o rosto/remover a maquiagem por essas almofadinhas de bambu dupla-face reutilizáveis, com dois níveis de intensidade de esfoliação. Todos os produtos do post são da Eco at Heart ~ mas existem muitas outras empresas nacionais bacanas preocupadas com essas questões (deixe sua indicação nos comentários!).

Você pensa no impacto dessas pequenas escolhas no seu dia a dia?

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Eco at Heart website & loja.

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Feliz Natal e um 2021 mais leve!

Que ano meus amigos, que ano! Eu não sei como serão as festividades de final de ano por aí, mas de uma coisa eu tenho certeza: nada será como antes. Eu espero, do fundo do meu coração, que vocês estejam bem e que em 2021 a gente possa voltar a se encontrar (e se abraçar). Aguentem firme e acreditem: tudo isso vai passar!

Um lindo Natal e Ano Novo para todos nós!

Não se esqueçam de baixar o Planner NMMF 2021! :)

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A ilustração belíssima é da genial Yelena Bryksenkova.

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Happy Home • uma lojinha charmosa em Nancy

Não me importaria nem um pouquinho se esse ano o Papai Noel fizesse compras para mim na Happy Home. Não precisa nem perder muito tempo escolhendo o presente ideal, basicamente TODOS os produtos dessa lojinha charmosa em Nancy, na França, me agradam. Apaixonada.

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Happy Home loja & instagram.

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