The Artist’s Garden at Vétheuil, Claude Monet • 1881
Monet plantava jardins onde quer que vivesse. Quando alugou esta casa em Vétheuil, fez arranjos com o proprietário para ajardinar os terraços, que desciam até o Sena. Os grandes vasos de flores eram de Monet e ele os levava consigo cada vez que se mudava, usando-os em outros jardins.
O menino em primeiro plano é o filho mais novo de Monet e nos degraus atrás dele estão outros membros de sua família.
1. Ritos de Passagem, por William Golding – tradução de Roberto Grey 216 páginas • título original: Rites of Passage • Alfaguara
Minha segunda tentativa com um livro do autor ~ eu li recentemente o Senhor das Moscas, mas a experiência não foi muito positiva, infelizmente. Ritos de Passagem ganhou o Booker Prize em 1980, então a minha expectativa era super alta. A narrativa se dá na forma de um diário escrito pelo jovem dândi Edmund Talbot, que viaja num velho navio de guerra da marinha inglesa a caminho da Austrália, no início do século XIX. Os textos têm como objetivo informar e divertir o padrinho de Edmund na Inglaterra e, à princípio, tratam de temas leves e “divertidos”, como fofocas dos passageiros, marujos e oficiais e detalhes de suas aventuras sexuais à bordo. Um certo reverendo Colley começa a aparecer no diário, sempre ridicularizado por Edmund pela sua excentricidade e pelo seu desejo constante de agradar. É só quando o reverendo morre, de humilhação e vergonha, que percebemos que algo está BEM errado nessa história. Achei o livro bem morno, cheio de anedotas navais (que, particularmente não me interessam muito) e é só na parte final, no seu clímax de violência, que a narrativa se torna mais viva e impactante. O curioso é que eu tive exatamente essa mesma impressão de Senhor das Moscas, seu livro mais icônico. Para mim, foi a prova de que um autor ou livro premiado não necessariamente vai fazer a sua cabeça ~ e tudo bem. :)
Inicialmente, o que me chamou atenção a respeito desse livro foi, sem dúvida, o seu título super dramático e a perspectiva de uma história cheia de intriga e mistério ambientada no interior do Brasil na década de 50, conforme sugeria a sinopse. Eu tinha acabado de ler um livro com esse mesmo clima de cidade pequena, o excelente Crônica da Casa Assassinada do Lúcio Cardoso e achei que pudesse ter uma nova experiência positiva com essa temática bem brasileira. Infelizmente não foi o caso. A história é fraca e os arcos dos personagens não são suficientemente construídos, tornando-os caricatos. O livro tem um narrador onisciente, mas por algum motivo inexplicável, o autor decidiu colocar várias informações importantes a respeito do passado da cidade e dos personagens no meio dos diálogos, que acabaram soando absolutamente falsos. As revelações sobre as mortes que acontecem na cidade (12 no total) e outras “surpresas” ao longo da narrativa são fantasiosas demais, soluções quase pueris. Enfim, não rolou pra mim MESMO.
Um mergulho na história do (fictício) grão-ducado de Grimmburg, uma dinastia decadente, cujos cofres monárquicos se encontram vazios, sem o mínimo do capital necessário para manter as estruturas do Estado. Klaus Heinrick, um dos príncipes-herdeiros, vive protegido dos problemas reais do povo e se sente cada vez mais sufocado pelo ritualismo vazio da sua existência. A chegada de um bilionário americano na região ~ e de sua excêntrica e sarcástica filha Imma Spoelmann ~ expõe o príncipe a uma nova mentalidade e a um novo tipo de poder, baseado não na dignidade e na nobreza inata e sim no pragmatismo do mundo materialista. A narrativa é riquíssima em detalhes, do cotidiano da corte aos pormenores da sua precária situação econômica. E o forte do livro é justamente esse, uma vez que o desenrolar da história é bem previsível e a grande dúvida/pergunta que acompanha o príncipe é até anunciada nas sinopses e resumos: seria um casamento fora do círculo aristocrático a solução para a ruína do Estado? Eu gostei da leitura, mas não tanto quanto a leitura do seu livro anterior, Os Buddenbrook, que eu achei mais fluido e mais cheio de eventos memoráveis.
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4. Carrie, por Stephen King – tradução de Regiane Winarski 208 páginas • Suma de Letras
A vida não é fácil para Carrie White. Oprimida pela mãe, uma fanática religiosa que faz questão de isolar a filha de todo e qualquer tipo de diversão e prazer, Carrie não se sai muito melhor no ambiente escolar. Tímida e recatada demais para os padrões adolescentes, ela sofre bullying constante e as coisas só pioram quando ela tem a sua primeira menstruação tardia (aos 16 anos) em pleno vestiário e pensa que está com uma hemorragia interna. Esse episódio humilhante, mas aparentemente inocente, vai desencadear uma série de eventos irreversíveis na vida de Carrie e de todos ao seu redor. Isso porque a jovem possui um poder que ninguém (além de sua mãe) tem conhecimento: ela é telecinética, ou seja, consegue mover objetos com a força da mente. Romance de estreia de Stephen King, o livro foi adaptado em 1976 para o cinema; o filme foi dirigido pelo Brian de Palma e tem a fantástica Sissy Spacek como Carrie. Talvez por eu ter o filme super fresquinho na minha memória, não me empolguei tanto com a história ~ já que eu sabia exatamente o que iria acontecer em seguida. A parte final (os eventos depois do baile de formatura) me surpreendeu mais, justamente por ter mais detalhes e um desdobramento não explorado em sua totalidade no filme. Fiquei surpresa ao descobrir que a personagem é descrita como robusta e grande parte do bullying que ela sofre tem (também) a ver com o seu peso. Até entendo o casting da Sissy Spacek (que é a CARA da magreza) como Carrie por conta do seu talento e fama na época, mas porque não respeitar a descrição física da personagem na capa do livro em PLENO 2022? Fica a pergunta.
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A ideia por trás da marca francesa Sézane é simples: criar peças de alta qualidade e corte perfeito, que possam ser usadas para sempre. Não sei se a durabilidade procede, só sei que, a cada nova coleção, a marca me deixa mais encantada. Sem dúvida, très chic.
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